Anunciamos a próxima palestra do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos, organizado pela Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, coordenado por Fabrizio Boscaglia, e cujo programa é possível consultar anexo a esta mensagem.
Considerações sobre o conceito de poesia luso-árabe
Palestra com Catarina Nunes de Almeida (Centro de Estudos Comparatistas – FLUL)
Data e horário: 28 set. ’23 às 18h (quinta-feira, hora de Lisboa)
Via Zoom, palestra online visível em direto através do link
Acesso livre, sem inscrição
RESUMO
No campo literário, o conceito de “poesia luso-árabe” ganhou destaque em 1987, quando Adalberto Alves publicou uma colectânea de poemas intitulada O Meu Coração é Árabe: a Poesia Luso-Árabe, com textos de trinta e nove poetas do Gharb al-Andalus. Nesta apresentação procurarei discutir e problematizar este mesmo conceito. Em primeiro lugar, mostrarei como ele veio introduzir um discurso selectivo sobre o Gharb al-Andalus através da exaltação dos seus poetas e de aspectos significativos da sua cultura. Em segundo lugar, explicarei como este conceito abriu caminho a uma narrativa histórica baseada na construção de uma identidade portuguesa mais “autêntica”. Em terceiro lugar, debruçar-me-ei sobre poetas portugueses contemporâneos inspirados na poesia e na filosofia islâmicas: mostrarei que esta influência subtil tem transformado a tradição literária ao introduzir novas formas de compreender a escrita poética.
A ORADORA
Catarina Nunes de Almeida, (PhD, Universidade Nova de Lisboa, 2012) é Investigadora Auxiliar na Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, onde também lecciona em cursos de graduação e de pós-graduação. É membro integrado do Centro de Estudos Comparatistas desde 2012 e a investigadora responsável pelo subgrupo «ORION – Orientalismo Português» desde 2019. No CEComp desenvolve um projecto de pesquisa individual sobre «A Viagem ao Oriente na Literatura Portuguesa Contemporânea (1990-2020)». Antes de iniciar o doutoramento em Portugal, foi leitora na Universidade de Pisa (Itália) durante dois anos académicos (2007/2008- 2008/2009). Tem trabalhado sobretudo no âmbito do Orientalismo Português, da Literatura de Viagens e da Literatura Portuguesa Contemporânea. Publicou diversos livros, capítulos de livros e artigos sobre estas temáticas em volumes académicos e revistas indexadas. É também autora de seis livros de poesia.
O Seminário Permanente de Estudos Islâmicos é um ciclo de palestras na Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, coordenado por Fabrizio Boscaglia, em articulação com as atividades do centro de investigação LusoGlobe.
Para visualizar o Programa do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos, clicar no cartaz anexo.
Anunciamos a próxima palestra do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos, organizado pela Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, coordenado por Fabrizio Boscaglia, e cujo programa é possível consultar anexo a esta mensagem.
O que é um Ḥadīth? Introdução à tradição profética no Islão
Palestra com Yasir Daud Aboobakr (Fundação Islâmica de Palmela).
Data e horário: 31 ago. ’23 às 18h (quinta-feira, hora de Lisboa)
Via Zoom, palestra online visível em direto através do link
Acesso livre, sem inscrição
RESUMO
Escreve o orador Yasir Daud Aboobakr: «O que é um Ḥadīth? Tudo o que se relaciona com o Profeta Muḥammad (ﷺ), o Profeta do Islão, pode ser considerado um Ḥadīth. Desde os seus ditos, suas práticas, suas aprovações e até mesmo as suas características. Os muçulmanos desde sempre esforçaram-se ao máximo para preservar os Aḥādīth do Profeta (ﷺ) e desde a época do Profeta há registos de escrita e preservação dos mesmos. Os Companheiros do Profeta preservaram os Aḥādīth através da memorização e também através da escrita e compilação. Os Aḥādīth foram transmitidos de geração em geração, sempre com uma corrente de narradores que os ligam até ao Profeta (ﷺ). Estas mesmas correntes foram objeto de análise para estabelecer a autenticidade de cada narrativa, em que é analisada a idoneidade de cada narrador. O texto do Ḥadīth também é analisado, para extrair as leis e os ensinamentos dos Profeta Muḥammad (ﷺ).»
O ORADOR
Yasir Daud Aboobakr, docente na Fundação Islâmica de Palmela, mestrando em Ciência das Religiões pela Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona em Lisboa, formado em Estudos Islâmicos no Darul Uloom Al Arabiya Al Islamiya Bury (Reino Unido), tem como áreas de interesse, entre outras, no contexto dos Estudos Islâmicos: Ḥadīth, Fiqh e Sufismo.
O Seminário Permanente de Estudos Islâmicos é um ciclo de palestras na Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, coordenado por Fabrizio Boscaglia, em articulação com as atividades do centro de investigação LusoGlobe.
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Anunciamos a terceira palestra de 2023 do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos, organizado pela Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, coordenado por Fabrizio Boscaglia, e cujo programa é possível consultar anexo a esta mensagem.
Ibn al-Fāriḍ: el sultán de los apasionados (576/1181-632/1235)
Palestra com Abdelkrim Ben-Nas (Universidad de Alicante)
Data e horário: quinta-feira 27 jul. ’23 às 18h (hora de Lisboa)*
Via Zoom, palestra online visível em direto através do link
Acesso livre, sem inscrição
*A comunicação será proferida em língua espanhola (castelhano), o debate irá decorrer em português e espanhol.
RESUMO
Si tuviera que elegir un solo poeta sufí árabe [afirma el orador Abdelkrim Ben-Nas], mi elección recaería, sin duda alguna, en Umar Ibn Al-Farid (El Cairo, 576/1181-632/1235). Pero, entre su producción, no es posible elegir solo un poema de su Dīwān. Quizás hubiera que elegir 3 o 4: “La Khamriyya” (Oda al vino), “La Tai’yya” (Poema del camino sufí) y (Sois mi deber y mi supererogación). Su poesía lo presenta como un sufí giróvago errante –y en cierto modo sí lo era–, sin embargo, dicho estado de rapto –o arrebato divino– no se produjo de forma súbita, sino como resultado de largos periodos de meditación en la práctica del retiro espiritual individual (khalwa), que iba precedida de una sólida formación en el hadiz. Es probable que Ibn Al-Farid sea el más poeta de los sufíes, pero es seguro que su poetría y sus poemas son los más sufíes de todos los poetas sufíes. Si la poesía sufí gira entorno al amor, la poesía de Ibn al-Farid es la expresión del amor desesperado.
O ORADOR
Abdelkrim Ben-Nas, Investigador Señor, Ayuda Margaritas Salas (MARSALAS22-04) financiada por la Unión Europea-Next Generation, en la Universidad de Alicante, 2023-ahora; Doctorado Mención Internacional (Cum Laude) en Estudios Árabes e Islámicos, UA, 2020; Máster en Enseñanza del Español en Contextos Multilingües e Internacionales (MULTIELE). (Beca Erasmus Mundus), Universidad de Deusto, Bilbao, 2015; Curso de Especialista en Traducción Árabe-Español, Escuela de Traductores de Toledo, 2013; Diploma en Estudios Avanzados (DEA), Estudios Árabes e Islámicos, UA, 2012; Licenciado en Ciencias Islámicas (Uṣūl al-Dīn), Universidad de Al-Qarawiyyīn, Tetuán/Moruecos, 1995. Ejes de interés: Sufismo, Historia del Sufismo, Sufismo en al-Andalus, Literatura Sufí y Traducción de textos religiosos.
O Seminário Permanente de Estudos Islâmicos é um ciclo de palestras na Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, coordenado por Fabrizio Boscaglia, em articulação com as atividades do centro de investigação LusoGlobe.
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Anunciamos a segunda palestra do novo ciclo do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos, organizado pela Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, coordenado por Fabrizio Boscaglia, e cujo programa é possível consultar anexo a esta mensagem.
Mulheres Poetas do al-Andalus
Palestra com Natália Nunes (IELT e IEM – Universidade Nova de Lisboa / CH – Universidade de Lisboa).
Data e horário: quinta-feira 29 jun. ’23 às 18h (hora de Lisboa)
Via Zoom, palestra online visível em direto através do link
Acesso livre, sem inscrição.
RESUMO
Desde a época pré-islâmica que a figura do poeta teve um papel fulcral. Desta época, destaque para os “Poemas Suspensos”, escritos por diversos poetas e para o mito de amor que surge nesta época e que vai influenciar toda a literatura árabe, nomeadamente a literatura mística etambém a literatura ocidental. Mas, com o Islão (não, no início), a poesia continua a desenvolver-se com diversos poetas, nomeadamente no al-Andalus. A poesia tinha um papel muito importante na sociedade e foram muitos os poetas que se destacaram. Porém, algumas mulheres do al-Andalus ficaram famosas pela sua escrita, de entre elas, a poetisa Wallada. Para além das poetisas, destaque também para as escravas-cantoras que tiveram uma função de relevo na transmissão e preservação da poesia, sobretudo através dos círculos literários frequentados pelos poetas.
A ORADORA
Natália Maria Lopes Nunes, professora, doutorada em Literatura Portuguesa Medieval. Pós-Doutorada na área da Literatura Profana e Mística do Gharb al-Andalus. Autora de livros e de vários artigos, no âmbito da literatura medieval e do al-Andalus, do misticismo islâmico e cristão e da literatura tradicional/oral, assim como do legado árabe e islâmico. Na FCSH-UNL (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa), tem lecionado os cursos livres sobre “A Poesia do Gharb al-Andalus”, “A herança árabe e islâmica do al-Andalus”, “Introdução à Literatura Árabe do al-Andalus”, “História e Cultura do al-Andalus”. É ainda investigadora integrada do IELT
(Instituto de Estudos de Literatura Tradicional – patrimónios, artes e culturas) e colaboradora do IEM (Instituto de Estudos Medievais). Na FLUL (Faculdade de Letras de Lisboa), colaboradora do CH (Centro de História).
O Seminário Permanente de Estudos Islâmicos é um ciclo de palestras na Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, coordenado por Fabrizio Boscaglia, em articulação com as atividades do centro de investigação LusoGlobe.
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Anunciamos a primeira palestra do novo ciclo do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos, organizado pela Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, coordenado por Fabrizio Boscaglia, e cujo programa é possível consultar anexo a esta mensagem.
Ibn Khamīs de Évora e o seu tratado místico (séculos XI-XII)
Palestra com António Rei (IEM – Universidade Nova de Lisboa).
Data e horário: 25 mai. ’23 às 18h (hora de Lisboa)
Via Zoom, palestra online visível em direto através do link
Acesso livre, sem inscrição
RESUMO
Nesta comunicação pretende-se divulgar, o mais amplamente possível, a figura de Ibn Khamīs de Évora, assim como a sua vida, a sua obra, a sua vivência espiritual e o seu tratado místico. Da sua Évora natal, à Sevilha onde se radicou, até a Ceuta, onde ensinou e onde terá redigido o seu Tratado. Antecedendo o famoso Ibn Qasī em cerca de um século, ajuda a consolidar a noção de vitalidade das vivências místicas no Gharb al-Andalus, ainda em pleno período das Taifas do século XI.
O ORADOR
António Rei é Doutor em História Cultural e das Mentalidades Medievais (NOVA FCSH, 2007), sendo investigador Integrado Contratado no IEM / NOVA FCSH, desde 2019. É medievalista e arabista com Diploma no Instituto Bourguiba de Tunes (2000). Foi investigador na Universidad Complutense, Madrid (2008-11) e no Campo Arqueológico de Mértola (2011-13), entre outras instituições científicas em que trabalhou ou colaborou. Tem lecionado, em várias universidades e centros de estudos portugueses, cadeiras de História da Cultura Medieval, História de al-Andalus e Língua Árabe. É autor de cerca de uma centena de títulos publicados, entre livros, artigos e comunicações, em Portugal e estrangeiro.
O Seminário Permanente de Estudos Islâmicos é um ciclo de palestras na Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, coordenado por Fabrizio Boscaglia, em articulação com as atividades do centro de investigação LusoGlobe.
Para visualizar o Programa do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos, clicar no cartaz anexo.
De maio de 2023 até dezembro de 2023 decorre na Universidade Lusófona a quarta edição do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos, com a coordenação de Fabrizio Boscaglia.
As sessões, salvo indicação diferente, decorrem via Zoom.
Programa
25/05 – 18h
Ibn Khamīs de Évora e o seu tratado místico (séculos XI-XII) António Rei (IEM-Universidade Nova de Lisboa)
29/06 – 18h
Mulheres poetas do al-Andalus Natália Nunes (IELT-Universidade Nova de Lisboa, CHUL-Universidade de Lisboa)
27/07 – 18h
Ibn al-Fāriḍ: el sultán de los apasionados (576/1181-632/1235) Abdelkrim Ben-Nas (Universidad de Alicante)
31/08 – 18h
O que é um Ḥadīth? Introdução à tradição profética no Islão Fabrizio Boscaglia (Universidade Lusófona) e Yasir Aboobakr (Fundação Islâmica de Palmela)
28/09 – 18h
Considerações sobre o conceito de poesia luso-árabe Catarina Nunes de Almeida (CEC-Universidade de Lisboa)
26/10 – 18h
A escrava Briolanja, modas e permanências do Islão (séc. XVI-XVII) Franklin Pereira (ARTIS-Universidade de Lisboa)
30/11 – 18h
Praça-Mouraria: Islão, património e gentrificação José Mapril (CRIA-Universidade Nova de Lisboa)
14/12 – 18h
Ibn ʿArabī e a hermenêutica corânica baseada na intuição mística (kashf) Carlos Frederico Barboza de Souza (PUC-Minas Gerais, MIAS-Latina)
O Seminário Permanente de Estudos Islâmicos decorre no contexto da Linha de Investigação Herança e Espiritualidade Islâmica da Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona e está associado às atividades do novo centro de investigação LusoGlobe da Universidade Lusófona, contando, além disso, com as parcerias da Fundação Islâmica de Palmela e da MIAS-Latina.
As Edições Universitárias Lusófonas e a Comunidade Islâmica de Lisboa têm o prazer de convidar V. Exa. para a sessão de lançamento do livro que terá lugar no sábado dia 11 de Março de 2023, pelas 16h30, no Salão Nobre da Mesquita Central de Lisboa.
Apresentação pelos coordenadores Fabrizio Boscaglia e Maria João Cantinho e pelo presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa Mahomed Iqbal.
Entrada livre
Organização de Fabrizio Boscaglia e Maria João Cantinho
(Edições Universitárias Lusófonas, em parceria com a Comunidade Islâmica de Lisboa, 2023)
Este volume reúne documentos, ensaios e materiais inéditos, em homenagem a um intelectual que tem deixado uma marca importante na cultura portuguesa e internacional, a vários níveis. Trata-se de Adalberto Alves, advogado, poeta e estudioso, divulgador e intérprete da civilização arábico-islâmica, particularmente do período do al-Andalus (Península Ibérica, 711-1492).
Com uma cultura profunda, e uma produção prolífica e multifacetada, o autor abraça vários domínios do saber, embora as duas vertentes principais da sua rica obra sejam a poesia e o ensaio de cariz arabista. Só para citar os exemplos talvez mais conhecidos, devemos a Adalberto Alves o maior contributo na tradução para português da poesia de al-Muʿtamid e de Ibn ʿAmmār, dois dos maiores poetas árabes do al-Andalus.
No entanto, não podemos esquecer-nos das suas importantes contribuições nas áreas da espiritualidade islâmica (Sufismo), do direito, da linguística, da ecologia e da cidadania, para além da poesia, que constitui a sua mais distintiva vocação, a qual anima toda a sua multifacetada inspiração intelectual.
O livro decorre na sequência da homónima mostra realizada na Biblioteca Nacional de Portugal (2020) e contém mais de trinta textos, homenagens e testemunhos de poetas, escritores intelectuais e académicos portugueses e internacionais, contando ainda com documentos inéditos, entrevistas e dezenas de imagens de arquivo.
Mais informações sobre o livro e modalidades de adquisição, apenas pelo e-mail das Edições Universitárias Lusófonas: f80130@ulusofona.pt
Esta comunicação apresenta, de modo extremamente sumário, sincronicidades entre o pensamento sufi de Ibn ‘Arabī e o xivaísta não-dual de Abhinavagupta a partir de alguns conceitos fundamentais para ambos, como a unicidade entre existência e consciência, a perplexidade e o amor como fundamentos da realidade.
Para isso colocamos os dois Grandes Mestres em diálogo imaginal, por um lado, pois nunca se conheceram, e factual, por outro, através de seus escritos. Ainda em fase inicial, este trabalho já demonstra a característica tântrica de Ibn ‘Arabī e o estado de “Luz sobre Luz” de Abhinavagupta, e permite abordagens co-referenciais na compreensão do trabalho tanto de um quanto de outro.
No contexto do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos (Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona – Linha de Investigação Herança e Espiritualidade Islâmica)
Coord. Fabrizio Boscaglia
Oradora
Doutora em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo; Mestre em Filosofia pela Universidade Católica de Curitiba; Bacharel em Comunicação/Jornalismo, Filosofia e Artes Plásticas; Pós-graduada em Ensino e Tradução; professora de Yoga e Yogaterapia, com formação em vários sistemas e diferentes países ao longo de mais de quarenta anos. Membro da MIAS-Latina (Ibn ‘Arabī Society).
Mais informações sobre o Seminário Permanente de Estudos Islâmicos
A Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona é entidade parceira do I Simpósio Internacional de Mística Islâmica PUC Minas «Ao encontro de Ibn ʿArabī», no qual participa o professor Fabrizio Boscaglia (coordenador da Linha de Investigação Herança e Espiritualidade Islâmica na Área de Ciência das Religiões e coordenador da MIAS Latina em Portugal) com a comunicação «A receção de Ibn ʿArabī na cultura portuguesa contemporânea dos séculos XX e XXI», no dia 16 de dezembro, às 17h (horário de Portugal continental, online).
Por razões organizativas e logísticas, o Colóquio «Islão e Europa», a decorrer no contexto do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos, e inicialmente previsto para o dia 25 de novembro de 2022, ficou adiado para o início de março de 2023 (data a confirmar).
Over the course of his life, Calouste Gulbenkian acquired some 750 objects with origins extending from modern-day Egypt to Indonesia, and ranging from arts of the book to ceramics, glass, carpets, textiles and wall tiles. Since the opening of the museum, in 1969, these works have been housed in the Islamic East Gallery (‘Galeria do Oriente Islâmico’) and organized by place, date and media. While most admirably fulfilling Gulbenkian’s criterion for “tip top” quality, the collection is neither encyclopedic nor entirely representative of the vast range of material considered ‘Islamic art’.
Indeed, the term ‘Islamic’ was never part of Calouste’s own vocabulary and throughout his life, he regarded himself and the art he collected to be ‘Oriental’. This talk will explore the creation of the collection to better understand how the Museum is interrogating its current and future display.
No contexto do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos
(Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona – Linha de Investigação Herança e Espiritualidade Islâmica)
Coord. Fabrizio Boscaglia
Oradora
Jessica Hallett is Senior Curator of the Middle East and China, and Coordinator of Research, at the Calouste Gulbenkian Museum. Her doctoral thesis (Oxford 1999) gave rise to the exhibition, Iraq and China. Ceramics, trade and innovation, at the National Museum of Asian Art, Smithsonian, Washington (2004). Most recently, she curated The Rise of Islamic Art, 1869-1939 (2019) which looked at Calouste Gulbenkian’s collecting activities in geopolitical context.
She is currently involved in the participatory curation project, Power of the Word, and preparing the catalogue of Gulbenkian’s renowned carpet collection, with Clara Serra. Hallett has an undergraduate degree in Analytical Chemistry and promotes interdisciplinary work at the Museum.
Palestra com Juan Acevedo
(FCUL – Universidade de Lisboa)
Data
Sexta-feira dia 30 de setembro
às 18h (horário de Lisboa) Via Zoom
No contexto do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos
(Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona – Linha de Investigação Herança e Espiritualidade Islâmica)
Coord. Fabrizio Boscaglia
Resumo
Como é que uma maneira de conceber o universo (cosmologia) se relaciona com uma maneira de viver orientada ao aperfeiçoamento da alma para Deus (espiritualidade)? como acontece isto no Islão? que relação pode isto todo ter com a língua árabe, seus sons e seus signos?
Em particular, que tem a ver isto todo com o Alcorão e a sua qualidade de escrita incriada? Pitágoras dizia que tudo é número e os cabalistas diziam que tudo é letras dum alfabeto: como aparecem estas ideias no Islão e como se relacionam com o sufismo e com a oração? Estas são algumas das perguntas que vão ser tratadas na palestra.
Orador
Juan Acevedo nasceu em Londres em 1971 e cresceu na Venezuela, onde estudou línguas e literaturas clássicas (e hebraico) na Universidad de Los Andes. Após anos a trabalhar na edição bilingue de textos árabes em Cambridge (Islamic Texts Society), e no estudo comparativo das religiões com a Matheson Trust, fez um doutoramento no Warburg Institute, Londres.
Sua tese tem a ver com a definição da cosmologia alfanumérica e as suas manifestações diversas nas religiões abraâmicas. Atualmente trabalha na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa para o Projeto RUTTER, “Making the Earth Global” no Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, a estudar os princípios e as aplicações da náutica árabe pré-moderna no Oceano Índico.
No contexto do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos
(Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona – Linha de Investigação Herança e Espiritualidade Islâmica)
Coord. Fabrizio Boscaglia
Resumo
Na literatura de referência sobre Arte Islâmica publicada até hoje é muito raro encontrar alguma referência ao patrimônio material português do seu período islâmico. Isso significa que Portugal teria passado mais de cinco séculos sob domínio islâmico mas não produziu Arte Islâmica? Essa questão foi o ponto de partida da tese de doutoramento de Renata Fontanillas que, nesta sessão, se encarregará de partilhar um pouco do que seriam os objetos, provenientes dos séculos VIII a XIII, do território português.
Oradora
Renata Fontanillas é doutoranda em História da Arte na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é investigadora integrada do ARTIS-IHA e integrou a equipa do projeto “Património Islâmico em Portugal”, conduzido pela Universidade Lusófona (FCSEA/ULHT).
Seu projeto de doutoramento trata dos objetos islâmicos de Portugal e foi contemplado com uma bolsa de estudos pela Fundação Calouste Gulbenkian. Seu principal interesse de investigação é a Arte Islâmica produzida na Península Ibérica entre os séculos VIII e XV. É Gestora Cultural com especialização em ‘Gestão de Empresas e Instituições Culturais’ pela Universidade de Barcelona e juntamente à investigação de doutoramento tem se dedicado aos estudos e práticas de Curadoria e Gestão de Coleções e Acervos do universo islâmico.
No contexto do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos (Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona) – Coord. Fabrizio Boscaglia
Resumo
Nesta sessão o tradutor e professor de árabe AbdelJelil Larbi apresenta o seu trabalho de tradução para árabe de duas obras clássicas da literatura portuguesa e lusófona: Os Lusíadas de Luís de Camões e Mensagem de Fernando Pessoa (Lello, 2022).
Em conversa com Fabrizio Boscaglia (Universidade Lusófona), o tradutor apresentará os desafios que este trabalho implicou, assim como as dimensões interculturais do próprio.
Orador
Abdeljelil Larbi (1975, Tunísia) professor de língua e literatura árabes no Ilnova-fcsh, licenciado em Língua, Literatura e Cultura árabes (FCSH- Tunis 1, 1999), Mestre em Cultura Islâmica clássica (Universidade de Manouba, Tunísia, 2003), doutorado em Literatura comparada (FCSH-UNL, 2020), tradutor de várias obras portugueses para a língua árabe (Memorial de Convento de José Saramago; Vamos comprar um poeta de Afonso Cruz, Vendedor de passados de José Eduardo Agualusa, Mensagem de Fernando Pessoa, Os Lusíadas de Luís de camões entre outras.
No contexto do Seminário Permanente de Estudos Islâmicos
(Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona – Linha de Investigação Herança e Espiritualidade Islâmica)
Coord. Fabrizio Boscaglia
Resumo
A relação entre o Islão e Portugal é complexa e diversa em termos de protagonistas-chave, períodos históricos e conjunturas políticas que evoca – sendo um contexto particularmente adequado para o estudo da islamofobia.
A partir de investigação desenvolvida num projecto europeu, e especificamente a análise crítica do discurso e investigação empírica sobre o contexto português, este artigo examina: por um lado, as narrativas sobre muçulmanos e Islão que circulam na literatura académica e no ciberespaço (2000-20); por outro, diferentes expressões de islamofobia – individual e institucional: i) um caso de vandalismo de uma mesquita e as narrativas mediáticas que se seguiram; ii) debates sobre a educação, nomeadamente no que diz respeito à organização escolar e ao ensino da história.
Oradora
Marta Araújo (PhD, Universidade de Londres, 2003) é Investigadora Principal do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES). O seu trabalho de investigação aborda duas linhas complementares: i) políticas públicas, discurso político e igualdade étnico-racial; ii) educação e história pública, focando no colonialismo e na escravização.
Marta Araújo é co-coordenadora do Doutoramento ‘Democracia no Século XXI’ (CES/FEUC) e docente em vários programas doutorais. Tem actuado como consultora académica sobre discriminação e igualdade étnico-racial e estado envolvida em actividades de extensão. As suas publicações mais recentes incluem: ‘Islamophobia in Portugal, Beyond the National Register’, ReOrient, 2022; e Mobilizing History: Racism, Enslavement and Public Debate in Contemporary Europe, in Shirley Anne Tate and Encarnación Gutiérrez Rodríguez (Ed), The Palgrave Handbook of Critical Race and Gender, Palgrave, 2022 (com Kwame Nimako).