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Debate "Porque se dá tanto tempo ao Papa?" e apresentação do livro "O Papa no tempo e o tempo do Papa" | 14 de novembro, Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos

12 novembro 2018

"O Papa no tempo e o tempo do Papa" é um livro que reúne interpretações, opiniões e crónicas publicadas recentemente na comunicação social em Portugal, sobre o Papa e a Igreja católica, tendo como foco o drama dos abusos sexuais, as oposições internas, as reformas, o clericalismo e a desclericalização.

Primeiro volume da nova colecção Grandes Debates da Actualidade (Edições Universitárias Lusófonas), O Papa no tempo e o tempo do Papa é coordenado por José Brissos-Lino e Joaquim Franco, e propõe uma leitura plural através de 11 diferentes pensadores e sensibilidades, dentro e fora da Igreja, que ao longo da recente crise contribuíram para o debate público.

São eles João Miguel Tavares (jornalista e escritor), José Manuel Pereira de Almeida (padre, médico e professor de Teologia Moral e Social), José Brissos-Lino (diretor do Mestrado em Ciência das Religiões das Universidade Lusófona e coordenador do Instituto de Cristianismo Contemporâneo), Gonçalo Portocarrero de Almada (padre do Opus Dei e cronista do Observador), Natália Faria (jornalista do Público), Bruno Nobre (padre jesuíta e professor de Filosofia na UCP), Joaquim Franco (jornalista da SIC, investigador em Ciência das Religiões e coordenador do Observatório para a Liberdade Religiosa), Samuel Beirão (padre jesuíta e especialista em estudos de pedagogia), Paulo Mendes Pinto (coordenador da Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, embaixador do Parlamento Mundial das Religiões e fundador da European Academy of Religions), Luís Larcher (ex-padre e director da Christus Magazine) e Fernando Calado Rodrigues (padre, cronista do Jornal de Notícias e pároco na diocese de Bragança).

Citando os autores, a Igreja não é monolítica, nunca foi.

“Como pode um homem – mesmo sendo Papa – no meio duma cúria que lhe é tantas vezes hostil, combater o clericalismo numa organização religiosa com dois milénios de existência?”.

É um “momento difícil”. Se a Igreja percebeu que “exige uma resposta firme e decidida”, Francisco tem o desafio de “rever o paradigma de atuação”. Afinal “ninguém é capaz de responder melhor a estas questões do que a própria Igreja – tivesse ela a coragem de enfrentar a dura realidade e, em última análise, revolucionar a sua organização interna”.

Este assunto “diz respeito a todo o Povo a Deus”. Mas, tendo em conta a relevância social, cultural e política da religião, é a sociedade em geral que não pode ficar indiferente ao debate.

“A história da Igreja é também uma história de ruturas e reformas, umas inclusivas outras fracturantes” e o “tempo mediático amplia as idiossincrasias".

Mais do que descentralizar processos administrativos, “Francisco procura uma Igreja desclericalizada, co-responsável e aberta”. Um desconforto para clero e leigos “mais habituados ao sofá das leis e à rotina das normas”.

O Papa no tempo e o tempo do Papa é apresentado no dia 14 de Novembro, quarta-feira, pelas 18h00, no Auditório da Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, na Amadora.

Logo após a apresentação, realiza-se no mesmo local o debate Porque se dá tanto tempo ao Papa?, incluído no ciclo de conferências Religiões e Culturas em Debate, a decorrer ao longo deste ano na Amadora. Porque tem o Papa um alcance simbólico para lá das fronteiras do catolicismo e da religião em geral? A que expectativa corresponde um Papa quando é eleito? Quem o ouve e que real valor é dado às suas palavras? O que explica e significa a importância dada a esta liderança religiosa quando se revela a tendência para a redução do número de pessoas que se dizem religiosas?

A sessão com apresentação do livro e posterior debate terá como oradores: Henrique Monteiro (jornalista, ex-director do Expresso); José Maria Brito (padre jesuíta, diretor do PontoSJ); Eugénia Quaresma (Obra Católica das Migrações); Jorge Pinheiro  (historiador, cristão protestante); Eugénia Magalhães  (teóloga católica, presidente do IEAC-GO/Instituto de Estudos Avançados em Catolicismo e Globalização); Joaquim Franco; Paulo Mendes Pinto; José Brissos-Lino.