Skip to main content
universidade lusófona
Notícias

Hermetismo e Rosacruz no Museu Maçónico Português: Conferência e Exposição

Hermetismo e Rosacruz no Humanismo Ocidental é o tema da conferência dada por Rui Lomelino de Freitas e Pedro Victor Rodriguez, que teve lugar na inauguração da exposição «Sabedoria do Silêncio», no passado dia 21, no Museu Maçónico Português.

O evento, organizado pelo Museu Maçónico Português, inaugura a exposição «Sabedoria do Silêncio: Hermetismo e Rosacruz no Humanismo Ocidental», da Fundação Rosacruz, que contou com o apoio científico da Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona.

Os documentos sapienciais mais importantes atribuídos a Hermes são o Asclepios, a Tábua de Esmeralda e o grupo de textos que foi designado como Corpus Hermeticum. As ideias e concepções aí presentes tiveram profunda influência no ocidente, na Idade Média e no Renascimento, auspiciando a moderna mentalidade científica através, nomeadamente, da alquimia, da astrologia, da magia ou da medicina.

Actualmente, em diversas áreas da ciência, chega-se a conclusões e pontos de vista similares aos apresentados nos preceitos herméticos, como base sólida de conhecimento.

O movimento rosacruz teve a sua origem histórica há 400 anos, no início do século XVII, fruto da reflexão espiritual de um grupo de eruditos, místicos e teósofos do sul da Alemanha, que conceberam a história de uma personagem, Cristão Rosacruz, sobre a qual escreveram três Manifestos.

Neles, os sábios e eruditos da Europa eram convidados a empreender uma reforma geral do mundo, através do cristianismo hermético e de uma investigação aprofundada das leis da natureza.

É notável a influência do pensamento rosacruz na tradição ocidental. Pensadores como Jacob Böhme, Robert Fludd, René Descartes, Francis Bacon, Jan A. Comenius, Isaac Newton, Robert Boyle, Gottfried W. Leibniz, Karl von Eckartshausen, ou Johann W. Goethe, mantiveram uma orientação humanista Rosacruz.

A Maçonaria, o Martinismo ou a Teosofia, só para citar alguns exemplos, são considerados herdeiros do seu legado.

Diversos humanistas do séc. XVIII – esse crisol de ideias em que se formou a Maçonaria moderna –, numa perspectiva rosacruz procuraram beber das fontes clássicas da sabedoria perene, para no seu próprio interior encontrar a chave da transformação capaz de reconduzir a vida humana ao lugar que lhe é próprio no seio da manifestação universal.

Nesta conferência procuraremos também compreender algo dessas fontes.

Conteúdos:

  • Gnose e Hermetismo: Nag Hammadi e Corpus Hermeticum
  • Os Manifestos Rosacruz: Fama Fraternitatis; Confessio e Núpcias Chimicas de CRC
  • O Renascimento Hermético
  • O Périplo de Cristão Rosacruz
  • Iniciação e Realização do Homem-Deus
  • Os Prodígios do Uno
  • Princípios filosóficos da religião natural e revelada, explicados numa ordem geométrica

Quando o homem compreende que toda a mudança começa em si mesmo, e que pelo conhecimento do seu próprio microcosmo, do seu pequeno universo, pode adquirir noção da sua participação no macrocosmos e da sua repercussão nele, começa uma visão hermética do mundo, uma nova concepção da vida, e da utilidade da inteligência e da vontade.

Assim como a arrogância intelectual fecha a porta dos mistérios, a humildade da orientação hermética abre o coração à Sabedoria do Silêncio.

Produz-se então o encontro de Hermes com Poimandres.