«OBSERVATÓRIO PARA A LIBERDADE RELIGIOSA»

Conscientes do momento especial que se vive no campo da Liberdade Religiosa, quer em termos nacionais, com uma delicada situação institucional, quer em termos internacionais, onde a violência, uma vez mediatizada, atinge limites de banalização que não se pensavam possíveis…

Um grupo de cidadãos ligados à investigação e à comunicação do Fenómeno Religioso, decidiram criar um instrumento isento e independente para observar e sinalizar a Liberdade Religiosa.

Acolhido pela área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, o Observatório para a Liberdade Religiosa (OLR) está desde já aberto a todos os cidadãos, investigadores ou não, religiosos ou não, para rapidamente criar uma dinâmica de efectiva monitorização da Liberdade Religiosa.

Coordenado nesta fase inicial pelos investigadores Joaquim Franco e Alexandre Honrado, o Observatório para a Liberdade Religiosa apresentará já na próxima semana um web site, e realizará uma conferencia de imprensa para apresentar mais detalhadamente os seus princípios norteadores (que seguem abaixo).

Princípios do Observatório para a Liberdade Religiosa (OLR):

  • O Observatório para a Liberdade Religiosa (OLR) nasce por iniciativa cívica e académica, tendo como principal missão a observação do Fenómeno Religioso, no respeito pelo princípio das liberdades associativa, individual e de consciência.
  • Promovendo iniciativas próprias e/ou estabelecendo parcerias, o OLR tem ainda como missão acompanhar e facilitar processos de diálogo cultural, especificamente o diálogo entre estruturas de crença, na forma de religiões e/ou espiritualidades, promovendo o respeito pelas diferenças e a responsabilidade social, para uma cidadania plena e ativa.
  • Cruzando conhecimento e informação, o OLR facultará às comunidades religiosas, à academia e à sociedade em geral, mecanismos de identificação, sinalização e análise do Fenómeno Religioso, em defesa da Liberdade Religiosa e baseado na Carta dos Direitos do Homem.
  • Como estrutura independente ao serviço do pluralismo cultural, o OLR reunirá e emitirá sínteses de atividade, tornando público um relatório anual.
  • O OLR reconhece a complexidade do Fenómeno Religioso, o valor das diferentes culturas religiosas e ou espirituais e planos de consciência, o desafio do diálogo, o estímulo às práticas de cidadania a partir da observação dos direitos e deveres inerentes à Liberdade Religiosa, a importância do estudo e disseminação da Ciência das Religiões, bem como da produção de conhecimento isento relativo ao Fenómeno Religioso em todos os escalões de ensino reconhecidos oficialmente.
  • Alexandre Honrado
  • Fernando Catarino
  • Joaquim Franco
  • Mariana Vital
  • Osiel Lourenço
  • Paulo Mendes Pinto
  • Rui António da Costa Oliveira
  • Rui Lomelino de Freitas

Prémio “Consciência e Liberdade”

Em parceria com a Área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, a Associação Internacional de Defesa de Liberdade Religiosa instituiu um prémio para trabalho de investigação e divulgação científica na área da liberdade religiosa.

O objetivo do Prémio é o de promover a investigação científica e incentivar a divulgação de assuntos relacionados com a liberdade religiosa.

Tendo a área de Ciência das Religiões do Grupo Lusófona como parceiro científico, o “Prémio Consciência e Liberdade” é atribuído anualmente a trabalhos relacionados com os temas da Liberdade Religiosa, nomeadamente sob as perspectivas teológica, jurídica, histórica, filosófica e sociológica, e tendo em especial consideração o contributo que aportam para a defesa e promoção da liberdade de consciência, de culto e de prática religiosa ou espiritual

A primeira entrega do Prémio teve lugar no dia 28 de Maio de 2013 na Universidade Lusófona, e foi atribuído ao jornalista Joaquim Franco pelo seu trabalho “A Liberdade Religiosa na Lusofonia.

Três pontos num Sínodo sobre a Família

Joaquim Franco, jornalista da SIC e investigador da Área de Ciência das Religiões, acompanhou de perto o Sínodo dos Bispos sobre a Família que decorreu no Vaticano, entre 5 a 19 de Outubro.

Veja aqui a reflexão e conclusões

Estar aberto ao diálogo implica pensar com o diferente assumindo a legitimidade da diferença, sem que isso signifique destruir os alicerces da convicção.

Nos ecos do Sínodo extraordinário sobre a família, ouve-se o rumor dos corredores.

Há quem queira por Ratzinger contra Bergoglio, papa contra papa.

Até há quem questione a legitimidade da eleição de Bergoglio.

Nada de novo.

Estamos entre as tendências imobilistas da Igreja e as denominadas «esquerdas».

A novidade está na forma.

Francisco desafiou a Igreja a não ter medo de falar de si própria.

s naturais dissonâncias, por vezes profundas, são agora do domínio público e estilhaçam alguns «telhados de vidro».

As aparentes divergências na discussão sobre os divorciados recasados e outras «fraturas», exigem que se sublinhe um facto: Como qualquer outra instituição com peso no tempo e no espaço, a Igreja não é, nunca foi, um edifício monolítico ou monocórdico.

Quando tentou ser, deixou de estar ao serviço do homem.

Lembrando a atitude pastoral do papa Francisco, diante de uma pessoa está outra pessoa antes da sua condição de ser.

Um princípio que ele aplica transversalmente, dos denominados temas difíceis ao acolhimento nas comunidades.

A misericórdia e a justiça sempre foram um drama na Igreja e só há comunidade cristã na medida em que, pela consciência da ação individual e pela capacidade comunitária de exercer a misericórdia e a justiça, esta se revela fiel ao «seguimento».

Ora, será o «seguimento» um mero composto de verdades encerradas?

Ou uma procura, um processo de acolhimento na certeza única de que o Deus dos cristãos se revela no e pelo outro, com as suas fragilidades e virtudes?

Desistir não faz parte deste alfabeto, porque para o Deus dos cristãos não há excluídos, nem há excluídos da tarefa de construir a história.

Se há separações trágicas, também há separações que evitam grandes tragédias.

Como defender a família sem enaltecer a capacidade (re)construtiva, o dom e potencial das mais íntimas relações humanas, que fazem dos fracassos novas oportunidades?

Na linguagem da fé cristã, o Espírito atua e está onde menos se espera e não precisa de tutelas.

A mensagem evangélica tem um tremendo peso ético e o evangelho coloca os cristãos diante de uma evidência: tendencialmente incoerente, o exercício da fé cristã é a arte de andar entre o “quero”, o “posso” e o “devo”, não para satisfazer equilíbrios mas para construir impossíveis.

As utopias do Reino só o são até deixarem de o ser. Caso contrário, Jesus seria uma causa perdida.

À ousadia pastoral com a libertação da teologia, Francisco faz corresponder sempre a promoção da consciência social e comunitária.

Leiam-se os textos evangélicos dos quais se extraiu o princípio da indissolubilidade do matrimónio, que tem condicionado debates até à cegueira exegética.

Estão cheios de palavras radicais sobre responsabilidade social, partilha e serviço – “vende tudo e dá o dinheiro aos pobres” (Mc, 17 – 27).

Na perspectiva evangélica, tudo está ligado de forma coerente, mas há um abismo entre a Palavra do Deus cristão e a ação dos cristãos, no dia-a-dia, nas comunidades, em família.

Misturam-se conceitos e preconceitos.

Enaltecem-se uns valores, esquecendo outros.

Se o cristianismo também produz ideias será possível defender ativamente a família sem promover a capacitação social e políticas reais de apoio às famílias?

Sem combater ativamente as desigualdades que eternizam os mecanismos de pobreza?

Sem defender ativamente o melhor acesso à saúde, à educação, a apoios sociais que mantenham a dignidade humana?

A família – a que os católicos chamam «Igreja doméstica» – só será mais do que apenas o somatório das partes, casa-primeira de um Outro, embrião e escola de responsabilidade, relação e afeto, na medida em que se constituir também como plataforma de afetos não reprimidos, de relações verdadeiras, de corresponsabilidade e libertação das coisas não visíveis.

Não consta que Mário Benedetti – revolucionário nas lutas sul americanas – estivesse preocupado com uma dimensão teológica da vida, mas o poeta uruguaio revelou a cumplicidade de uma paixão que tem tanto de humano como de Eterno: “Si te quiero es porque sos, mi amor mi cómplice y todo, y en la calle codo a codo, somos mucho más que dos (…) Y porque amor no es aureola, ni cándida moraleja, y porque somos pareja, que sabe que no está sola”…

Joaquim Franco

Sugestões de leitura

Francisco, o argentino (Guerra e Paz)
Arnaud Bédat
A insurreição de Jesus (Temas e Debates)
frei Bento Domingues

Fontes para o Estudo das origens da Rosacruz e da Maçonaria

As fontes literárias, filosóficas e espirituais que estiveram na origem dos movimentos da Rosacruz e da Maçonaria é o tema do curso que está a decorrer aos sábados de manhã entre Novembro e Fevereiro.

Inscrever-se

Contexto do curso

Num quadro cultural atual, torna-se pertinente reencontrar as tradições filosóficas que constituíram essa mesma identidade europeia e ocidental nos seus mais diretos e fundantes documentos e ideias.

Também no século XVII e XVII diversos autores, como Issac Newton, Ramsay, Desaguilers, empreendem uma busca das fontes antigas dos filósofos e profetas sapienciais, para iluminar e apoiar de maneira muito precisa os processos de reconstrução e aperfeiçoamento espiritual, intelectual e moral do homem e da humanidade.

Os três Manifestos Rosacruzes, Fama Fraternitatis, Confessio Fraternitatis e Chymische Hochzeit, publicados entre 1614 e 1616, propunham uma reforma geral da sociedade em todos os níveis, sociais, espirituais, científicos e artísticos.

Dirigidos a todos os homens cultos da Europa, estas obras herméticas apelavam a um cristianismo mais puro, e à pesquisa natural como parte de uma investigação da natureza, onde o homem se conhece a si mesmo como homem-Deus.

Aqui se sintetizavam impulsos do período precedente: correntes de pensamento como a Teosofia cristã, as heranças sapienciais islâmicas, a filosofia de Paracelso e a tradição hermética.

Um caudal, que vitalizou ciclicamente processos de renovação no ocidente, e que nutriu posteriormente a Maçonaria e os vários movimentos rosacruzes modernos, a maioria dos quais surge no dealbar do século XIX, expressando uma afiliação com os princípios que inspiraram a Irmandade lendária.

Este curso irá incidir na análise objetiva, rigorosa e académica das fontes filosóficas e espirituais fundadoras dos movimentos e rosacruzes e maçónicos.

O curso, presencial e à distância tem como regente da cadeira o Prof. José Manuel Anes, que leccionará a disciplina com o Prof. Rui Lomelino de Freitas.

Depois de realizar o registo, ser-lhe-ão enviadas as referências com que poderá efetivar o pagamento e assim completar a inscrição.

Horário

As aulas presenciais decorrerão aos sábados das 10h às 13h, com início a 15 de Novembro (conforme programa a distribuir), nasala -1.3 do Edifício da Biblioteca.

Programa / Calendário

Aula-Conferência de Abertura

15 de Novembro

  • Fontes para o Estudo das Origens da Rosacruz e da Maçonaria
  • José Manuel Anes

Aula 1

15 de Novembro

  • Antiguidade e as Escolas e Religiões de Mistérios
  • José Manuel Anes

Aula 2

29 de Novembro

  • A Gnose Cristã, Nag Hammadi e paralismos com o Corpus Hermeticum
  • Maniqueísmo
  • Cátaros e catarismo
  • Rui Lomelino de Freitas

Aula 3

6 de Dezembro

  • Hermetismo medieval: Picatrix e Turba Philosophorum);
  • Os Cátaros, o Graal, e as cortes do Amor
  • Chretien de Troyes, Volfram Von Eschenbach
  • Ramon Lull.
  • cavaleiros templários
  • José Manuel Anes

Aula 4

13 de Dezembro

  • Os construtores de Templos
  • José Manuel Anes

Aula 5

10 de Janeiro

  • Antecedentes do Renascimento Hermético: Hermetismo, Corpus Hermeticum e Gnose
  • Rui Lomelino de Freitas

Aula 6

17 Janeiro

  • As artes e ciências herméticas: Conhecimento das leis naturais e conhecimento do homem interior
  • Paracelso
  • Agrippa (Scientia Oculta)
  • John Dee
  • Mística e Cabala Judaica
  • José Manuel Anes

Aula 7

24 Janeiro

  • O Renascimento Hermético
  • Rui Lomelino de Freitas

Aula 8

31 de Janeiro

  • Os Manifestos Rosacruz
  • A Confessio e o seu apelo urgente à humanidade.
  • Rui Lomelino de Freitas

Aula 9

7 de Fevereiro

  • As Núpcias Alquímicas de CRC
  • Rui Lomelino de Freitas

Aula 10

14 de Fevereiro

  • O Olhar Sobre a Antiguidade a partir de fontes maçónicas do séc. XVII e XVIII
  • Textos de: Elias Ashmole
  • Henry Adamson
  • Ramsay
  • Anderson
  • Desaguilers
  • Willermoz
  • Hutchinson
  • Robert Moray
  • Samuel Richter (Sincerus Renatus)
  • J.M. Ragon
  • Rui Lomelino de Freitas

Aula 11

28 de Fevereiro

  • Ramsay
  • O Regresso às Fontes: A Gnose através dos Tempos
  • Os Princípios Filosóficos da Religião Natural e Revelada: explicados numa ordem geométrica (Ramsay)
  • Rui Lomelino de Freitas

Aula Conferência de Encerramento

7 de Março

  • E tudo vem do Egipto… (?) (Textos de: Cagliostro, Jean Terreson e Etienne Marconis)
  • José Manuel Anes

Mais informações

Rui Lomelino de Freitas
rui.lomelino.freitas@gmail.com

Valores

Regime Valor
Regime “Livre” 170 €
e-Learning com avaliação 260€
Presencial com avaliação 325€

Instituto de Estudos Islâmicos Al-Muhaidib: Relatório Anual

Já está disponível para consulta o Relatório Anual do Instituto de Estudos Islâmicos Al-Muhaidib, 2013-2014.

Fundado no dia 29 de Outubro de 2013, o trabalho desenvolvido neste Instituto de Estudos Islâmicos, desde o início comprometido com uma intervenção de cidadania, tem aberto vários campos de trabalho pioneiros na academia e na sociedade.

Relatório anual

Portugueses procuram cada vez mais ligação espiritual fora das igrejas

O I Congresso Lusófono de Ciência das Religiões foi o tema de uma entrevista dada recentemente pelo Prof. Paulo Mendes Pinto à Agência Lusa, onde se comenta asopções espirituais dos portugueses.

Em entrevista à agência Lusa a propósito da realização do primeiro congresso sobre religião no espaço lusófono Paulo Mendes Pinto, considerou que a crise económica e financeira instalada no país revelou um crescimento do fenómeno religioso, que, no entanto, não se traduz no aumento da prática religiosa.

Núcleo Nelson Mandela – Estudos para a Paz, Agora com a Ciência das Religiões

O Núcleo de Investigação Nelson Mandela – Estudos do Humanismo e de Reflexão para a Paz está agora na Área de Ciência das Religiões, numa nova dinâmica com Alexandre Honrado (coordenador), Maria Filomena Barros e Joaquim Franco.

Nascido como unidade de investigação universitária no Centro de Pesquisa e Estudos Sociais da ULHT, com uma dinâmica própria e autónoma, labora atualmente sob protocolo regular com a linha de investigação em Religião e Sociedade da Área de Ciências da Religiões da ULHT.

A sua atividade ganhou nova dimensão no ano de 2013. Entre outras iniciativas prepara presentemente uma pós-graduação dentro do seu objeto de estudo; os seus investigadores têm vindo a editar trabalhos teóricos e a promover conferências.

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Hermetismo Renascentista: Curso de Verão em Lisboa

O Curso de Verão sobre Hermetismo Renascentista, organizado pela Área de Ciência das Religiões da ULHT, decorreu em Julho. Com um elenco variado e uma equipa de docentes diversa, o curso permite uma introdução a estudos mais especializados.

Coordenado por Rui Lomelino Freitas, este curso pretendeu oferecer uma formação introdutória que dote os alunos de ferramentas conceptuais e metodológicas que permitam um posterior aprofundamento numa área de especialização.

Esta formação permitirá aos alunos compreender, caracterizar e aprofundar um dos aspectos fundamentais da mundividência religiosa do Renascimento.

Além disso facilitará a compreensão do contexto em que se inserem as correntes espirituais a que num registo contemporâneo designamos sob o “chapéu” conceptual de “Esoterismo Ocidental”.

Âmbito

Estudos de Filosofia, Simbólica e História das Ideias, especialmente no âmbito das tradições gnósticas, herméticas e esotéricas, com aplicação aos estudos sobre humanismo, arte e religião.

Horário

Dias úteis, de 15 a 25 de Julho, das 18h00 às 21h00

Programa

Dia 15

18h00 Conferência inaugural
“Morrer para nascer: Morte e Iniciação no Hermetismo”.
José Manuel Anes

19h30
“O Hermetismo Renascentista no contexto dos estudos sobre o Esoterismo Ocidental”
Gabriel Mateus

Dia 16

18h00
“Rito e transmutação no hermetismo renascentista”
Paulo Mendes Pinto

19h30
“Corpus Hermeticum e a Prisca Philosophia”
Rui Lomelino Freitas

Dia 17

18h00
«Astrologia e Hermetismo: Marsílio Ficino, Pietro Pomponazzi e Giovanni Pico della Mirandola»
Sandra Neves da Silva e Gabriel Mateus

19h30
Monas Hieroglyphica – do alquimista e ocultista John Dee
Francisco Silva

Dia 18

18h00
Cabala e Alquimia de Franciscus Mercurius van Helmont e a Monadologia de Leibniz
Francisco da Silva

Dia 21

18h00
As influências da filosofia hermética na Arte de Francisco de Holanda
Filipe Silva

19h30
A Theosophia Cristã de Jacob Böhme. Bíblia, Experiência e Natureza: As três maneiras de conhecer a vontade de Deus
Gabriel Mateus

Dia 22

18h00
“Taumaturgia e Magia Cerimonial”
Francisco Silva

19h30
“Os Manifestos Rosacruzes: Canto do Cisne do hermetismo e aurora da era do espírito”
Rui Lomelino Freitas

Dia 23

18h00
“A Philosofia Oculta de Heinrich Cornelius Agrippa (1533)”
Francisco da Silva

19h30
“Cabala Cristã e Pitagorismo: Giovanni Pico della Mirandola e Johannes Reuchlinus”.
Sandra Neves da Silva

Dia 24

18h00
“A Divina Forma Humana. Elementos da Fisiologia Oculta: Os órgãos fisiológicos e as suas funções espirituais; as potências no corpo humano; as relações com os astros; espiritualização e transmutação alquímica das funções e processos do corpo humano. Microcosmo”
Gabriel Mateus

19h30
“Alquimia na ‘Nação Hebrea’ Portuguesa: Manuel Bocarro Francês e Benjamim Mussaphia”.
Sandra Neves da Silva

Dia 25

18h00
“Paracelso e o Pensamento Analógico: Nova Teoria do Conhecimento?”
Gabriel Mateus e Rui Lomelino Freitas

19h30 Conferência de Encerramento
“De Alexandria ao Renascimento: Mitos, Fontes e Utopias”
Paulo Mendes Pinto

Contexto

O curso de Hermetismo Renascentista insere-se no projeto do Núcleo de Estudos de Filosofia, Simbólica e História das Ideias Gnósticas, Herméticas e Esotéricas e será dado por uma equipa multidisciplinar de docentes e investigadores desta universidade.

Este curso irá preencher uma forte lacuna que se prende com o fraco conhecimento das “Fontes”: as aulas terão como característica principal o estarem centradas nas fontes primárias – obras filosóficas, teológicas, médicas, alquímicas e astrológicas – que caracterizam o hermetismo renascentista, como parte integrante do alvor do pensamento moderno.

A contextualização histórica ajudará a apercepção do hermetismo não como corrente subterrânea, secreta, ou marginal, mas absolutamente integrante do “mainstream” europeu entre os séculos XIV e XVII, na religião, na arte, e na ciência.

Os textos filosóficos que se conservam no Corpus Hermeticum, escrito na Alexandria dos primeiros séculos do cristianismo, possuem marcas de uma tradição sapiencial mais antiga.

Magia, astrologia, alquimia, cabala, misticismo, são alguns dos afluentes da caudalosa corrente hermética; mas também as matemáticas, as ciências naturais, a química, a astronomia ou a medicina, possuem algo, na sua origem, deste saber hermético.

Ao longo da história do Ocidente, o hermetismo defendeu a ruptura com os dogmas e preconceitos, e empreendeu a busca de um conhecimento novo e mais profundo das coisas.

Os sacerdotes egípcios, os filósofos gregos, os alquimistas medievais e, sobretudo, os artistas e pensadores do Renascimento, legaram um imenso acervo cultural à nossa civilização.

A aspiração renascentista por descobrir nas obras de tempos primordiais a verdade mais pura e próxima da Divindade colocou a obra hermética num lugar-chave.

Através desta aproximação aos mistérios herméticos, o homem ocidental obteve uma nova visão de Deus, da Natureza e do Homem, mais integradora.

A busca de uma nova harmonia universal, e o esforço por reunir num todo Religião, Ciência e Arte, fez com que o homem entrasse, com pé firme, na idade moderna.

A alquimia é por excelência a Ciência de Hermes.

Enquanto Arte, a alquimia só pode expressar-se através da imagem simbólica, ou da sua descrição, pois dirige-se a uma consciência que não é meramente lógica, mas, sobretudo, intuitiva: a Inteligência do Coração.

Neste contexto, a magia, a cabala e outras “ciências arcanas” fazem a nossa atenção incidir sobre as concepções de reinos naturais, celestes e divinos, tal como foram apresentados em textos e tratados de autores relevantes, que contribuíram para o seu desenvolvimento.

3ª Conferência Consciência e Liberdade: A Liberdade Religiosa na Atualidade

Mais informações

A III Conferência Consciência e Liberdade teve lugar na Universidade Lusófonano passado dia 27 de novembro, com o tema A Liberdade Religiosa na Atualidade , Oportunidades em Portugal, Desafios no Mundo. Durante o evento foi dado a conhecer o vencedor do Prémio «Consciência e Liberdade 2014».

Trata-se de uma iniciativa da Associação Internacional para a Defesa da Liberdade Religiosa, com o apoio da Área de Ciência das Religiões da ULHT.

A Conferência teve os seguintes temas:

  1. O relacionamento entre o Estado e as denominações religiosas à luz do Direito Português: A experiência da Lei da Liberdade Religiosa, por Fernando Negrão, Deputado e Presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República;
  2. Perspetivas e tendências da atualidade religiosa no mundo, por Ganoune Diop, Secretário-Geral Adjunto e representante nas Nações Unidas da International Religious Liberty Association (IRLA).

Na ocasião foi entregue o Prémio Revista Consciência e Liberdade, “A Liberdade Religiosa no Espaço Lusófono” para o melhor trabalho de investigação e divulgação científica na área da liberdade religiosa, em 2014.

Deputado brasileiro dá conferência sobre Liberdade Religiosa na Universidade Lusófona

A «Liberdade Religiosa no Plano Nacional de Educação» foi o tema apresentado pelo deputado federal brasileiro Ronaldo Fonseca de Souza na conferência que decorreu no dia 18 de Junho na Universidade Lusófona de Lisboa.

Ronaldo Fonseca de Souza é Advogado, Presidente do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) no DF, Pastor Presidente da ADET – Assembleia de Deus de Taguatinga-DF e Coordenador da Bancada da Assembleia de Deus na Câmara dos Deputados.

Foi Presidente do CPN – Conselho Político Nacional da CGADB – Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil.

Enquanto Presidente do CPN da CGADB – Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, e depois como Deputado Federal, Ronaldo Fonseca empenhou-se na consciencialização política das comunidades evangélicas.

Por acreditar que o parlamento é o reflexo da população de um país, Ronaldo Fonseca idealizou a criação do CPN com o objetivo de implicar as comunidades evangélicas na eleição de representantes para as casas legislativas em todo o Brasil.

A preocupação com a degradação moral e ética da sociedade brasileira, levou Ronaldo Fonseca a intensas campanhas desde o final dos anos 1990, contra o casamento gay e contra a liberalização do uso de drogas, entre outras causas.

Nesse contexto candidatou-se à Câmara Federal pelo Distrito Federal em 2010, tendo sido eleito Deputado Federal com 67.920 votos.

«Portugal Tolerante»: apresentação da obra no Clube Al-Mutamid

A apresentação da obra Portugal Tolerante: textos para o diálogo intercultural, de José Eduardo Franco e Paulo Mendes Pinto, decorreu no dia 17 de Junho na Mesquita Central de Lisboa.

A apresentação esteve a cargo de Germano de Sousa, antigo Bastonário da Ordem dos Médicos.

Uma reunião de textos que pretende ser uma amostra do que fomos e do que somos.

São laivos dessa cultura de respeito, que nos está no sangue, herança dos avós cristãos, árabes e judeus, da mistura.

O Portugal de hoje, vencidos os extremismos de séculos passados, não será muito diferente do Gharb al-Andalus de ontem.

Mas há um caminho a percorrer na Europa e no mundo, para a tolerância e para o respeito, que se espera possamos inspirar.

Este é um desafio de todos nós.

No século XXI, século do movimento dos Povos, a tolerância impõe que assumamos que as migrações e o fenómeno migratório devem influenciar as políticas públicas no sentido da solidificação de verdadeiras políticas de integração, assentes em princípios e valores humanitários.

O fenómeno migratório deve ser entendido como uma oportunidade e não como um problema, nas sociedades contemporâneas.

Tertúlia “Racismo e Xenofobia: que Europa (des)Construimos”

A última edição do jantar-tertúlia na Mesquita Central de Lisboa decorreu 17 de Junho em torno do tema “Racismo e Xenofobia: que Europa (des)Construimos”.

Com Rosário Farmhouse (Alta-Comissário para a Imigração), Bernardino Soares (Presidente da Câmara Municipal de Loures) e Feliciano Barreiras Duarte(Deputado).

A tertúlia foi antecidida pela apresentação do livro: Portugal Tolerante: textos para o diálogo intercultural de José Eduardo Franco e Paulo Mendes Pinto (orgs.), pelas 19h00.

A apresentação esteve a cargo do Dr. Germano de Sousa, antigo Bastonário da Ordem dos Médicos

“Povo de Santo”, um olhar sobre os Orixás de Portugal

Povo de Santo”, um olhar sobre os Orixás de Portugal é o tema da exposição de fotografia documental de Carlos Muralhas sobre Candomblé Yorùbá na CPCY (Comunidade Portuguesa de Candomblé Yorùbá).

Sobre o Candomblé

Nascido no Brasil, em particular na Bahia de Todos os Santos, durante o Ciclo do Benim (sécs. XVIII e XIX), o Candomblé é o resultado de um sentimento de resistência e preservação da memória cultural e religiosa dos povos dessa região africana.

Acorrentados em navios negreiros os escravos levaram a sua fé dentro de si e numa nova terra recriaram os seus costumes reagrupando povos e deuses dispersos num novo compósito religioso sob uma designação já corrente para as práticas religiosas africanas: Candomblé.

Os deuses do Candomblé [Òrìsàs (Orixás)] em número de duas dezenas, são entidades ligadas a aspetos sociais e naturais, como a fertilidade, as plantações, os rios, etc.

CPCY – Comunidade Portuguesa do Candomblé Yorùbá

Pessoa Coletiva Religiosa reconhecida pelo Ministério da Justiça, é a instituição que representa legalmente o Candomblé em Portugal. Reconhecida em 2010, a CPCY dedica-se à prática do Candomblé e à preservação da memória cultural e religiosa afro-brasileira. Sediada em Benavente (40min de Lisboa). website: www.cpcy.pt / email: correio@cpcy.pt / fb:facebook.com/comunidadeportuguesadocandombleyoruba

Carlos Muralhas nasceu em Lisboa em 1970 onde vive e trabalha. Desde cedo tem paixão pela fotografia e em 1984 teve o seu primeiro contacto com revelação e câmara escura, mas por razões da vida manteve sempre o contacto como amador.

Em 2009 começou a estudar Fotografia no workshop de Composição Fotográfica do IPF e desde então tem feito vários workshops e cursos de fotografia no MEF (associados a Fotografia de Teatro e Documental). Entre 2010 e 2011 fez o nível básico do Curso de Fotografia do ArCo.

Atualmente dá oficinas de fotografia para iniciados e interessados no Atelier do Cardal em Lisboa.

Na Fotografia assume as influências literárias e de cariz social. Explora a identidade, particularmente na relação cooperação/competição entre a especificidade que define cada um como um ser único (indivíduo) com o que define, não como um ser único, mas como pertencendo a uma abstração genérica, como herdeiro de características genéticas e sociais comuns a um grupo (ser humano, ser europeu, ser português, etc).

É a dualidade entre o ego, o ser importante, essencial, insubstituível com o altruísmo, o anónimo, o estar integrado num grupo onde se é tão comum como todos os outros que define, consome, constrói cada indivíduo ao longo de toda a sua vida.

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