Skip to main content
universidade lusófona
Notícias

4º Seminário de Mestrado “A experiência vivencial determinada: as 8 Consciências Cognitivas na Escola Yogācāra” (Dharma do Buda). “Carl Jung revisitado. Um olhar cristão restauracionista”.

16 maio 2017

Data

18 de Maio 18.00-19.50
Sala S. 0.9; Universidade Lusófona
António Faria e H. Machado Jorge

Sobre as temáticas

Para explicar e reorientar a experiência cognitiva da mente, a escola Yogācāra postula a existência de oito consciências.

Acolhendo o anterior modelo (Abidharma) das seis consciências - cinco ditas “sensoriais” e a mente (manovijñãna) como 6a consciência, apresenta como 7a consciência o que denomina como “consciência afligida” (kliṣṭa-manas) que, pese embora possua a capacidade de discriminar, é “tingida” por quatro “poluentes” que actuam de modo a criar um falso quadro da realidade: uma sensação de “confusão”, a existência de um “eu” autónomo, assim como orgulho e amor próprio.

Estas “sementes” de condicionamento cognitivo constituem os “perfumes”, as inclinações pessoais e restante herança karmica, isto é, a 8a consciência, dita “consciência armazém” (ālaya-vijñāna), que pode ser entendida ainda como uma espécie de “inconsciente pessoal”, a base de todas as outras consciências e responsável tanto pela variedade de ideias como pelas impressões determinadas pelas “sementes” e “perfumes” aí depositados.

No único texto que Carl Gustav Jung propositadamente escreveu para não- especialistas, a descrição que traça para o Inconsciente é de uma realidade factual alternativa que se manifesta a cada ser humano segundo símbolos que só podem ser cabalmente explicados no quadro psíquico dessa pessoa.

Essa caracterização permite, designadamente, explicar os «golpes de génio», supostamente subjacentes a grandes progressos científicos.

Subsiste, porém, a questão essencial: Qual a «força propiciadora» que rege o «trânsito» entre consciente e inconsciente, conhecimento assumido e conhecimento subliminar? Qual a explicação que um crente filo-cristão encontra para esse tipo de fenomenologia e tradições confessionais vindicam, como igualmente o fazem cosmovisões asiáticas?

A apresentação não procura expressamente «explicar», mas sim trazer a colacção testemunhos sustentados por meditação/reflexão e «apelo intimista», desenvolvidos ao longo de milénios de interrogação individual e coletiva.

Organização

  • Linha de Investigação «Cosmovisões da Ásia»
  • CICMER - Área de Ciência das Religiões
  • FCSEA-ULHT