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A Universidade Lusófona tem vindo a trabalhar há muito na Área de Ciência das Religiões

29 outubro 2020

Entrevistamos para universidades ALC a Prof. Doutor José Brissos-Lino, Director do Mestrado em Ciência das Religiões (ULHT) e Coordenador do Instituto de Cristianismo Contemporâneo (ICC) Investigador doutorado do CIPES e do CLEPUL (Fac. Letras/UL) da Universidade Lusófona que oferece novos treinamentos online.

  1. Por que a Universidade decidiu oferecer esses treinamentos?

    A Universidade Lusófona tem vindo a trabalhar há muito na Área de Ciência das Religiões, e mais recentemente em Teologia. Decidimos criar esta PG em Aconselhamento Pastoral de modo a responder a uma necessidade profunda de formação específica que existe, não apenas entre os ministros do Evangelho, mas também noutros cristãos envolvidos nas comunidades de fé.

  2. Como você acha que essa “nova realidade” impacta a formação académica?

    Esta PG será importante porque possibilita aos alunos o contacto com profissionais de diversas áreas com experiência em tipos de aconselhamento específico, como em situações de luto, com toxicodependentes, em situações de violência doméstica, e muitas outras.

  3. Por que reforçar os espaços universitários que trabalham as questões religiosas? Como você vê a paisagem religiosa europeia?

    Na Europa a academia revela ainda hoje alguns preconceitos no tocante a cursos de teologia ou relacionados com a fé cristã. Isso deve-se em grande parte à via pela qual o continente acedeu à Modernidade – o secularismo, ao contrário da América que o fez pela via da religião. Por exemplo, nós somos a única instituição em Portugal que mantém cursos de Ciência das Religiões com atribuição de grau académico no sistema europeu.

A paisagem religiosa  europeia tornou-se tendencialmente secularizada, em particular depois da II Guerra Mundial, com a desilusão das populações com as igrejas que apoiaram a ascensão dos regimes nazi-fascistas entre guerras e o resultado nefasto que vieram a ter. Perante a reconfiguração religiosa atual, mercê da globalização e dos movimentos migratórios, a Europa já não é o que era e oscila entre o materialismo e o extremismo religioso plasmado no ISlão e nos novos movimentos religiosos.

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