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Apresentação do Relatório FRATERNIZAR
5 fevereiro 2021
No passado dia 3 de outubro, o Papa Francisco apresentou a encíclica Fratelli Tutti centrada na questão da fraternidade, aprofundando, não apenas a relação com o mundo natural, mas afirmando o sentido mais profundo resultante da ecologia: somos todos Irmãos.
Nesse mesmo dia, Tolentino Mendonça recordou-nos, de forma clara, que ainda não se cumpriu o projeto Iluminista: "E da tríade Liberdade, Igualdade, Fraternidade, as nossas sociedades integraram as duas primeiras, mas deixaram de fora a Fraternidade". Se a Igualdade é a forma legal de nos afirmarmos no mesmo patamar de responsabilidade, de direitos e de deveres, a Fraternidade é a essência do patamar seguinte: mais que iguais, somos uma mesma família que se une pela empatia que devemos nutrir por todos e cada um.
Corria o ano de 1948, num clima marcado pelo fim do grande conflito mundial, e nascia a Declaração Universal dos Direitos da Humanidade. O seu “Preâmbulo” era claro ao fazer radicar a Fraternidade no mais simples denominador: a família comum.
No seu artigo 1o nascia uma das mais belas formulações de humanismo:
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
A base, indo até esse imperativo de espécie, era o nascimento. Todos nascemos iguais.
Por isso livres, e por isso devemos agir em Fraternidade uns com os outros. Tão simplesmente lógico e belo.
Acolhendo o desafio do Papa Francisco como portador de um pensamento que nos une na mais ampla diversidade ao apelar para essa essência fraterna, e com os olhos na Declaração Universal dos Direitos da Humanidade, desenvolvemos um grupo de atividades que tiveram lugar, primeiramente, no dia 16 de novembro, Dia Internacional para a Tolerância, tendo sido expandidas para o dia 10 de dezembro, dia do aniversário da assinatura Declaração Universal dos Direitos Humanos, devido à grande adesão que teve lugar.