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“Povo de Santo”, um olhar sobre os Orixás de Portugal
27 junho 2016
Povo de Santo”, um olhar sobre os Orixás de Portugal é o tema da exposição de fotografia documental de Carlos Muralhas sobre Candomblé Yorùbá na CPCY (Comunidade Portuguesa de Candomblé Yorùbá).
Sobre o Candomblé
Nascido no Brasil, em particular na Bahia de Todos os Santos, durante o Ciclo do Benim (sécs. XVIII e XIX), o Candomblé é o resultado de um sentimento de resistência e preservação da memória cultural e religiosa dos povos dessa região africana.
Acorrentados em navios negreiros os escravos levaram a sua fé dentro de si e numa nova terra recriaram os seus costumes reagrupando povos e deuses dispersos num novo compósito religioso sob uma designação já corrente para as práticas religiosas africanas: Candomblé.
Os deuses do Candomblé [Òrìsàs (Orixás)] em número de duas dezenas, são entidades ligadas a aspetos sociais e naturais, como a fertilidade, as plantações, os rios, etc.
CPCY – Comunidade Portuguesa do Candomblé Yorùbá
Pessoa Coletiva Religiosa reconhecida pelo Ministério da Justiça, é a instituição que representa legalmente o Candomblé em Portugal. Reconhecida em 2010, a CPCY dedica-se à prática do Candomblé e à preservação da memória cultural e religiosa afro-brasileira. Sediada em Benavente (40min de Lisboa).
Carlos Muralhas nasceu em Lisboa em 1970 onde vive e trabalha. Desde cedo tem paixão pela fotografia e em 1984 teve o seu primeiro contacto com revelação e câmara escura, mas por razões da vida manteve sempre o contacto como amador.
Em 2009 começou a estudar Fotografia no workshop de Composição Fotográfica do IPF e desde então tem feito vários workshops e cursos de fotografia no MEF (associados a Fotografia de Teatro e Documental). Entre 2010 e 2011 fez o nível básico do Curso de Fotografia do ArCo.
Atualmente dá oficinas de fotografia para iniciados e interessados no Atelier do Cardal em Lisboa.
Na Fotografia assume as influências literárias e de cariz social. Explora a identidade, particularmente na relação cooperação/competição entre a especificidade que define cada um como um ser único (indivíduo) com o que define, não como um ser único, mas como pertencendo a uma abstração genérica, como herdeiro de características genéticas e sociais comuns a um grupo (ser humano, ser europeu, ser português, etc).
É a dualidade entre o ego, o ser importante, essencial, insubstituível com o altruísmo, o anónimo, o estar integrado num grupo onde se é tão comum como todos os outros que define, consome, constrói cada indivíduo ao longo de toda a sua vida.