Vivemos o tempo de ambiguidade, a começar pela forma como nos comunicamos e como erguemos muros à comunicação, escondendo-nos em grutas do incomunicável: a possibilidade de não sermos escutados, de sermos, produzirmos e partilharmos registos sem efeito, é imanente a cada momento que, de forma degrada, vivemos como ato de proximidade. Isolados somos, mas não somos no outro. Isso tira-nos a confiança, a forma de sobreviver, o conceito completo do que é o humano: um exemplo de partilhas, de aceitações, de diferenças.